Backing vocal processa Aline Barros em R$1 milhão ao ser demitida por ser homossexual

Backing vocal processa Aline Barros em R$1 milhão ao ser demitida por ser homossexual

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Maior ícone da música gospel de todos os tempos, Aline Barros é alvo de um processo movido por ex-backing vocal de sua banda de apoio que diz ter sido demitida por ser gay. Rejane Silva de Magalhães pede indenização de R$ 1 milhão, alegando também não ter recebido direitos trabalhistas durante os dez anos em que prestou serviços. O caso, que corre na 4ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, ainda não foi julgado.

O advogado Giovanni Ítalo de Oliveira, que representa Rejane, afirmou que “o processo em si está motivado pelo próprio não reconhecimento do vínculo empregatício”. De acordo com ele, sua cliente sofreu ainda assédio moral: “Foi demitida por discriminação.”

Segundo o advogado, Rejane trabalhou na banda da Aline entre 2005 e 2015, e não teve reconhecido nenhum direito como fundo de garantia, 13º salário ou férias. “Não bastasse isso, começou a ser discriminada. Aline e Gilmar, que é marido da Aline e cuida da carreira dela, não convocavam mais para os shows e usaram de todas as formas possíveis para que Rejane se demitisse. Isso acabou não levando efeito, porque ela resistiu. Mas acabou sendo sumariamente demitida. A única razão de ter sido demitida foi a opção sexual dela”, completa o advogado em entrevista ao G1.

O advogado afirma que não sabe quem contou a Aline Barros que Rejane é homossexual. “Não conheço a fonte, acabou vazando provavelmente foi alguém da Igreja. Era difícil, porque a Rejane nunca chegou a assumir a homossexualidade – ela é evangélica, e o mundo gospel não aceita gay. A Aline e o Gilmar perguntaram se ela era homossexual. Ela negou, e mesmo assim começou esse tratamento de discriminação.”

A audiência mais recente do processo aconteceu em 2 de agosto. Além disso, Rejane reivindica também uma redução salarial que ela alega ter tido no período em que trabalhou com Aline. O número do processo é 0100956-67.2017.5.01.0004 e pode ser acompanhado no site do Tributal Regional do Trabalho (TRT).

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