Casal gay atacado na Rússia no primeiro dia da Copa do Mundo está em estado grave

Casal gay atacado na Rússia no primeiro dia da Copa do Mundo está em estado grave

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O Hornet vem noticiando a perseguição anti-LGBTI na Rússia desde o ano passado, contando casos de sobreviventes que foram torturados e até de assassinatos. Também falamos sobre os avisos e ameaças aos LGBTI durante a Copa do Mundo. Países chegaram a redigir um manual de comportamento durante a Copa. Mas mal o evento começou e os episódio de violência já surgiram.

Um casal gay francês foi violentamente atacado e espancado após pegar um táxi juntos em São Petersburgo, na Rússia. Segundo o portal Gay Times, os médicos diagnosticaram em um dos dois turistas uma contusão cerebral e uma lesão craniocerebral aberta, além de uma fratura da mandíbula superior.

Os dois seguem internados com estado grave. Os agressores também levaram dinheiro e celulares das vítimas. No mesmo dia, dois homens na faixa dos 20 anos, chamados Ismet Gaidarov e Rasul Magomedev, foram presos em conexão com o ataque.

Organizações de fãs de futebol LGBT de todo o mundo receberam ameaças anônimas que antecederam a Copa do Mundo, levando os torcedores a temer por sua segurança no país homofóbico. O grupo Pride in Football, por exemplo, recebeu mensagens dizendo que os fãs LGBT seriam perseguidos e mortos. Ativistas LGBTs vêm alertando os visitantes para serem cautelosos e estão criando espaços seguros para os fãs assistirem aos jogos televisionados.

Na Rússia, desde 2013, há lei que proíbe a homossexualidade em público. Passeatas, paradas do orgulho LGBTI e entidades que lutam pelos direitos de LGBT são proibidas e dissipadas com violência pela polícia.

Apesar da atmosfera homofóbica no país, o comitê organizador da Copa do Mundo da Rússia assegurou aos fãs LGBTI que eles e outros estarão seguros nos jogos e que exibições de orgulho, como bandeiras do arco-íris, serão permitidas. Mas o ativista britânico de direitos LGBTI Peter Tatchell foi preso na quinta-feira (14) em Moscou por protestar contra a perseguição na Chechênia.

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