China possui maior economia LGBT do mundo, apesar dos desafios para a comunidade
China possui maior economia LGBT do mundo, mas ainda carece de leis sobre casamento e anti-discriminação para pessoas do mesmo sexo. Um relatório da Daxue Consulting descobriu que o país tem a maior economia LGBT do mundo, visto que o dinheiro gerado pela diversidade varia entre entre 230 bilhões e 390 bilhões de libras.
No entanto, o relatório publicado pelo Gay Times, disse que este mercado é “inexplorado” devido à relativa privacidade da comunidade LGBT na China. Um estudo de 2015 da ONU descobriu que apenas 5% das pessoas LGBT na China são assumidos para suas famílias.
Para isso, propagandas com temas LGBT podem estar mudando esse quadro. Um anúncio da empresa Tmall no início deste ano feito para o Ano Novo Lunar apresentava um casal do mesmo sexo.
Em entrevista à Reuters, Allison Malmsten, analista da China na Daxue Consulting, disse: “Os jovens chineses parecem estar se abrindo e aceitando a cultura LGBT”. Sobre o anúncio, ela acrescentou: “Muitas dessas empresas têm consumidores jovens e mostrar inclusão simplesmente torna um anúncio memorável”.
No entanto, apesar do sucesso do anúncio, as regras chinesas sobre liberdade de expressão ainda proíbem a exibição de “comportamentos sexuais anormais” em conteúdo on-line, como a homossexualidade é definida como no país.
A China proibiu a exibição de personagens gays em programas de televisão e de um beijo gay em Alien: Covenant. Em 2018, a Mango TV foi proibida de veicular o Eurovision depois que cortou a performance da Irlanda nas semi-finais por causa de dois dançarinos do mesmo sexo.
“A mudança real ainda está longe, já que o governo chinês ainda impõe controles rígidos, mas o poder dos internautas e das comunidades LGBT na luta contra a propaganda do governo é forte.”
Em agosto passado, o governo chinês anunciou que não legalizaria o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Quando pressionado por jornalistas sobre se a China seguiria Taiwan,
Zang Tiewei, porta-voz do país para assuntos jurídicos do parlamento, disse que a regra atual “se adequa à condição nacional e às tradições históricas e culturais de nosso país”.