Grande parte da população russa acredita que LGBTs podem ser atacados durante Copa do Mundo
Já comprou sua passagem para assistir a Copa do Mundo na Rússia? Então saiba que mesmo os russos não acreditam muito na segurança de LGBTs durante o evento esportivo. Mesmo com acordo feito entre a Fifa e o governo Russo a fim de assegurar que torcedores LGBT não sejam punidos ao hastear bandeiras do arco-íris durante a Copa do Mundo, os cidadãos locais não acreditam que a estadia de LGBTs estrangeiros vá ser totalmente segura.
De acordo com pesquisa encomendada pelo Bonus Code Beats, 39% dos russos entrevistados acreditam que pessoas LGBT estrangeiras podem ser atacados por alguém local durante os jogos do Mundial, em junho, endo que o maior número de russos que acha que o ataque era “altamente provável” pertencem a faixa etária entre 16 e 24 anos.
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Em Rostov-on-Dov onde ocorrerão os primeiros jogos do torneiro e onde o Brasil disputa jogo contra a Suíça, 47% dos entrevistados acreditam que as pessoas LGBT sofrerão ataques. Outros 24% se mostraram “irritadas” e “cautelosas” a respeito do conceito sobre os LGBT.
A Fare (Football Against Racism in Europe), organização que luta pela igualdade nos Estádios de futebol, criou um guia com a finalidade de prevenir agressões verbais e físicas contra homossexuais, durante os jogos do mundial, tudo por causa da fama de a Rússia ser um país homofóbico, incluindo apoio declarado do próprio governo.
Outro estudo divulgado no início deste ano revelou que 83% da população russa – residentes tanto em áreas rurais quanto urbanas – considera a prática homossexual, como sempre ou quase sempre “reprovável”.
Importante lembrar que casos de violência contra membros da população LGBT duplicaram nos últimos anos, desde que começou a vigorar uma lei que proíbe qualquer forma de “propaganda gay”. Chamadas de relações sexuais não tradicionais, carinhos, mãos dadas, beijos, entre outras manifestações de afetos é altamente condenável no país.