
Dois mais um: o casal precisa de regras para fazer a três ou o limite só atrapalha?
Dois mais um parece uma ótima ideia quando se está solteiro, mas quando um casal resolve chamar um terceiro, ainda que seja para uma transa esporádica, aí a coisa muda de figura: regra aqui, regra ali, não isso, não pode aquilo, salvo exceções de casais que já pularam essa etapa, o threesome pode dar bem mal quando uma regra é quebrada.
Neste vídeo eu narro a história de um seguidor que conta a ideia que teve de trazer um cara para um sexo esporádico com seu marido, mas as regras eram claras: não pode ter beijo e um deles apenas assiste. Mesmo não parecendo ter sentido algum para quem ouve, para eles fazia, visto que era o limite que o casamento deles permitia.
O fato é que quando o rolo mal começou, os três estavam absolutamente conectados na transa que, aparentemente, deu tudo certo, até a hora que veio a ressaca moral: eles quebraram o acordo. Teve beijos, os três entraram no jogo e depois vieram as cobranças.
Precisamos, sobretudo, entender que a relação sexo e amor é antiga, e que é muito difícil para uma grande parte de nós desassociar um do outro em uma relação. Mas também é importante tentar dessexualizar a relação á medida que ideias como sexo a três surgem, estabelecendo a confiança no parceiro.
No caso do seguidor que teve sua história comentada, a comédia fica por conta de os dois quererem muito e terem dado espaço ao tesão que estava permeando o momento. A tragédia é que os dois, agora, estão com a sensação de “terem se traído”, o que está longe de ser verdade.
Independentemente da forma de relação, monogâmica, aberta, poliamorosa, o acordado não sai caro. O ideal é conversar, dialogar, entender o que cada um quer e analisar se tem condições emocionais para “dar” ao parceiro aquele momento (e receber também).
Marcio Rolim é editor de conteúdo do Hornet para o qual já escreveu mais de 3 mil artigos de sobre comportamento LGBTQIA+ e também produz conteúdo para o canal Bee40tona no Instagram e no YouTube.