Família tóxica: como se libertar das amarras de quem nos faz mal

Família tóxica: como se libertar das amarras de quem nos faz mal

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Infelizmente, muitos LGBTs não encontram no seio familiar um ambiente de acolhimento e aceitação, os obrigado a deixarem seus lares precocemente, ficando suscetíveis a mais violência nas ruas. Mas ainda há um outro fator decisivo para aumentar o sofrimento psicológico do LGBT: a família tóxica.

Mesmo dentro de um ambiente de aceitação, é possível ter que conviver com parentes que “aceitam pela metade” sua sexualidade, e, embora não cometam agressão física, contribuem com pressão psicológica através de críticas, depreciação, argumentos religiosos, ameaças e até exclusão de encontros sociais familiares.

Nenhum de nós é obrigado a conviver com uma família tóxica, embora o desapego seja um processo dolorido e muito complicado para a maioria das pessoas. Somos criados em padrões patriarcais e religiosos que nos fazem acreditar que é “pai e mãe são sagrados”, ou que “sangue do meu sangue” me obriga a perdoar qualquer forma de discriminação.

Errado! Quando a toxicidade desencadeia processos de condições psicológicas extremas como medo, depressão, ansiedade e outros transtornos, é preciso, sim, desapegar, porque, em suma, um familiar só é seu familiar por uma ocasionalidade genética, mas nada o obriga a amá-lo ou ter compromissos com aquele ente que o despreza, que o ameaça, que o coloca em risco.

Dadas as devidas condições de sobrevivência e sanidade mental, desapegar de familiares tóxicos é um processo que todos nós devemos iniciar cedo, para que laços não coloquem sentimento de culpa na frente do processo, que, por si só, já leva tempo.

Estabeleça condições, procure ambientes em que haja real aceitação, faça novos amigos, encontre novas famílias. Tente, de alguma forma, se apropriar do seu sustento e não dependa de gente que se vale da condição de família para lhe humilhar e transformar sua vida em uma cruz que você não é obrigado a carregar. Desapegue-se!

Marcio Rolim é editor de conteúdo do Hornet e do site Observatório G para os quais já escreveu mais de 3 mil artigos de sobre comportamento LGBTQIA+ e também produz conteúdo para o canal Bee40tona no Instagram e no YouTube.

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