Jovem agredido em lanchonete por homofobia já tomou providências e agressor se defende
Basta um celular na mão para fazer uma denúncia. E é isso que pessoas LGBT tem feito para se defender e tomar providências contra agressores, como foi o caso do garoto de 17 anos que foi espancado por Wenceslau dos Santos dentro de uma lanchonete do Mc Donald’s em Boa Viagem, na última terça, dia 1.
A Polícia Civil de Pernambuco está investigando o caso que foi motivado simplesmente porque o garoto agredido dá um grito na lanchonete e assusta uma criança, cujo pai agressor decide tomar satisfações com o garoto até o espancamento. Dois vídeos mostram todo o ocorrido, incluindo a parte que o garoto pede desculpas a Wenceslau, mesmo tendo levado um tapa.
Veja vídeo:
No vídeo, pode-se ver que o homem põe o dedo na cara dele, gritando: “Tu gritou (sic) no ouvido da minha filha”. Mesmo após o adolescente se desculpar repetidamente, ele continua a discutir e segura o garoto pelo pescoço, até ser afastado por um segurança da lanchonete.
Agressor se defende
Procurado pelo site de notícias Diário de Pernambuco, a defesa de Wenceslau defende o agressor:
“Informações equivocadas estão sendo lançadas a respeito do senhor Wenceslau dos Santos acerca do caso que ocorreu em um estabelecimento comercial localizado em Boa Viagem. Trata-se de um cidadão de bem, sem qualquer passagem criminal, empregado de uma empresa privada, que após reiteradas provocações por parte dos adolescentes, saiu em defesa de sua filha pelo constrangimento ocorrido. Já é de conhecimento de diversas pessoas que aqueles adolescentes comumente geram confusões e fazem uso de bebidas alcoólicas que são compradas no estabelecimento sito a frente. Em momento algum o senhor Wenceslau teve qualquer intenção de gerar conflito, realizando apenas defesa de uma menor, a sua filha. Ao contrário do que está sendo narrado, não foi um simples grito que gerou a situação, inclusive as imagens serão disponibilizadas pelo estabelecimento a fim de comprovar o episódio narrado. Situação essa que o mesmo lamenta, vez que está recebendo ameaças de morte, bem como sua esposa e seus dois filhos que estavam presentes no momento da ocorrência. Além dos prejuízos de ordem moral, o mesmo perderá seu emprego por só estar sendo veiculado um lado da história. ‘Lamento que a situação tenha chegado a tal ponto, o meu ato foi extintivo (sic) e em legítima defesa por uma situação completamente desrespeitosa criada por aqueles adolescentes. Se eu pudesse voltar atrás teria controlado melhor a situação, por isso peço desculpas pelo ato. Ocorre que sou um pai e garanto que qualquer um no meu lugar também tomaria as atitudes necessárias. Além disso, quero deixar claro que jamais tive meu nome relacionado a qualquer atitude criminosa ou homofóbica. As pessoas falam sem ter a mínima consciência do que podem causar. Eu e minha família estamos vivendo um verdadeiro inferno com as informações falsamente divulgadas. Em momemto algum realizei qualquer comentário ligado a homofobia, inclusive no vídeo a pessoa que utiliza o termo ‘veado’ é um terceiro’, disse o senhor Wenceslau.”
Esclarecimento da Polícia Civil
Também por meio de nota, a Polícia Civil desmentiu a informação de que o agressor fosse policial civil ou servidor do Estado de Pernambuco. “O homem que aparece nas imagens divulgadas em redes sociais, agredindo um rapaz menor de idade em uma lanchonete do Recife, não é policial, tampouco é servidor do Estado de Pernambuco. Essa informação equivocada circulou em um áudio compartilhado via WhatsApp. As investigações continuam no âmbito do inquérito instaurado pelo Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA)”.