Cantora Linn da Quebrada relata transfobia sofrida em Uber

Cantora Linn da Quebrada relata transfobia sofrida em Uber

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A cantora Linn da Quebrada relata em suas redes sociais um episódio de transfobia que sofreu dentro de um carro do Uber. Em seu perfil no no Twitter, a cantora conta que na última segunda-feira (20), ao pedir o serviço de táxi pelo aplicativo, foi impedida pelo motorista de entrar no carro por ser travesti assim que ele chegou ao local.

“Acabei de passar uma puta situação de constrangimento com a @Uber_Brasil e não é a primeira vez, lógico. Onde o motorista chega no local de embarque e se recusa a me deixar entrar no carro porque eu sou travesti. E aee @Uber_Brasil, já recalquei de problemas assim, de assédio”, afirmou ela.

Linn ainda sugeriu: “o mínimo que vc @Uber_Brasil deveria fazer eh fornecer algum tipo de treinamento no que diz respeito não só a diversidade e respeito, e relações humanas. E se posicionar com esse tipo de motorista que nos violenta constantemente”, escreveu.

“se vc não se posiciona e permite a violência, vc a apoia. E aee @Uber_Brasil , qual vai ser? Posicione-se. Ou a diversidade só te interessa enquanto palanque e captação  monetária?”, questionou. “Essa não eh uma situação pontual e ocasional, eh estrutural dentro de sua empresa. E não só comigo. Motoristas racistas, homolesbotransfóbicos, elitistas e invasivos. Isso não é por mim, é pra q outras como eu possam se sentir seguras e confortáveis na sua caminhada”, completou.

A Uber, que costuma se autointitular uma empresa livre de preconceitos e também a apoiadora da comunidade LGBTI, patrocinando trios elétricos em várias paradas LGBTIs de diversas cidades, não se pronunciou sobre o caso até o momento.

Lembramos que a empresa não é, de certa forma, responsável pelas atitudes criminosas de seus colaboradores, podendo apenas receber as denúncias e desligar o motorista que usa o serviço como trabalho. Vale lembrar também que a transfobia tem matado mais no Brasil que em qualquer outro país do mundo, portanto, oferecer treinamento ou uma política de uso mais rigorosa aos taxistas é o mínimo o que a empresa pode fazer aos milhões de usuários que pagam pelo serviço.

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