Mãe e padrasto matam filho que dizia gostar de garotos
O portal LGBTQ Nation publicou ontem (28) um caso que está assombrando a população LGBTI e o mundo. A polícia de Los Angeles, nos EUA, investiga um assassinato de um garoto de 10 anos que foi torturado e morto pelos próprios pais após dizer que gostava “de meninos”.
Na semana passada, os agentes da polícia local responderam a uma chamada do 911 na casa de Anthony Avalos, na qual a mãe, Heather Barron, afirmava que o garoto havia sofrido ferimentos por conta de uma queda. A vítima tinha lesões por todo o corpo, marcas de cigarro e outras marcas ainda não identificadas.
Anthony foi levado ao hospital, chegando ainda vivo, mas morrendo no dia seguinte. Tanto a mãe quanto o namorado dela, Kareem Leiva, já haviam anteriormente sido denunciados por abuso infantil 16 vezes desde 2013, segundo dados do site da polícia. Destas, 13 queixas foram em relação à vítima, mesmo eles tendo outros seis filhos.
Outra investigação, de 2013, mostrou que o menino Anthony havia sido abusado sexualmente por um de seus avôs. O diretor do Departamento de Serviços para Crianças e Famílias da cidade, Brandon Nichols, afirmou que Anthony “disse que gostava de garotos” semanas antes de morrer. Os investigadores analisam se um dos fatores que ocasionaram o crime foi homofobia.
Além disso, Nichols garantiu que ele e seus irmãos tinham alimentação e água negada, eram sexualmente abusados, espancados, pendurados em uma escada de cabeça para baixo, forçados a ficarem agachados por horas, trancados em um pequeno quarto sem banheiro, obrigados a lutar entre si e coagidos a comer do lixo. Apesar disso, Barron e Leiva não foram presos.
“Essa é uma questão muito complexa. É muito mais do que um problema em preto e branco. Existem muitos tons de cinza”, disse ele Nichols. Depois de uma audiência em tribunal na terça-feira, a tia do garoto, Maria Barron, pareceu desapontada por Heather Barron e Leiva ainda não terem sido presos. “Estávamos esperando algum tipo de resultado”, disse ela. “Estávamos esperando que pelo menos fossem presos”.