Manual de Comunicação LGBTI+ é lançado em São Paulo

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Cerca de 100 pessoas, entre jornalistas, publicitários, ativistas, gestores públicos estaduais e municipais, representantes de empresas, de partidos e acadêmicos participaram na noite da última terça-feira, 22, do lançamento do Manual de Comunicação LGBTI+, no NOVOTEL Jaraguá – SP.

O Manual de Comunicação LGBTI+, uma publicação da Aliança Nacional LGBTI e da Rede GayLatino, funciona como um guia prático para ajudar comunicadores e jornalistas a praticarem um jornalismo sem preconceitos e estigmas. De maneira objetiva e didática, o manual esclarece dúvidas conceituais e de linguagem com relação à pauta LGBTI+. A primeira parte contém definições, conceitos e fenômenos acerca das pessoas LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e outras identidades de gênero e sexualidade não contempladas na atual sigla adotada, representadas pelo “+”).

Compuseram a mesa do evento Patrícia Mannaro, secretária-geral da Aliança, Toni Reis, diretor presidente, Brunna Valim, coordenadora da Aliança em São Paulo, Nelson Matias, da Associação da Parada do Orgulho LGBTI de São Paulo e Silvia Almeida, do Programa da Nações Unidas para Aids (Unaids).

 

 

“Ficamos empolgadas e agradecidas pela presença de um público misto e extremamente interessado”, afirmou Mannaro. Toni Reis, em sua apresentação destacou a importância de jornalistas e comunicadores, primeira categoria a incorporar em seu código de ética, ainda em 1986, a não discriminação em virtude de orientação sexual. Para o Reis, o Manual visa, por meio da sensibilização de formadores de opinião, contribuir para o enfrentamento do estigma, substituindo preconceito por informação correta.

Já Julian Rodrigues, conselheiro da Aliança Nacional LGBTI+, que atuou como mestre de cerimônias no lançamento, afirma “muitas vezes, os jornalistas da chamada mídia usam termos pejorativos, sem respeito à identidade de gênero, termos equivocados sobre orientação sexual. Nós estamos em um momento de muito acirramento do ódio e do ataque aos movimentos sociais, às mulheres, aos negros, à população LGBTI, então é sempre um campo de disputa, as linguagens, as reportagens, o próprio jornalismo”.

Foram aproximadamente 300 sugestões e colaborações de especialistas, militantes, ativistas, associados das organizações envolvidas, autoridades públicas, professores, estudantes e profissionais da Comunicação, através de uma consulta pública com duração de dois meses. Além disso, esta obra é inspirada em manuais de comunicação LGBTI+ de organizações como a SOMOSGAY (Paraguai), a Colômbia Diversa (Colômbia), a GLAAD (Estados Unidos) e a ABGLT (Brasil).

O Manual pode ser acessado no link

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