Nova vacina contra HIV funciona em mais de 30% dos tipos de vírus

Nova vacina contra HIV funciona em mais de 30% dos tipos de vírus

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Nova vacina contra HIV demonstra eficácia em mais de 30% dos tipos de vírus, segundo estudo publicado esta semana. A vacina se baseia e, em anticorpo produzido pelo organismo e demonstra neutralização em 31% das 208 linhagens do vírus conhecidas pelos cientistas.

O artigo foi publicado por cientistas ligados ao Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), além de pesquisadores da Universidade Vanderbilt, do Centro de Biologia Estrutural de Nova York, da Universidade da Califórnia em São Francisco e da Universidade Columbia, na revista científica Nature Medicine.

De acordo com Anthony Fauci, diretor do Niaid, a vacina se baseia em um “calcanhar de Aquiles” do vírus, isto é, um local vulnerável da estrutura do vírus. “Os cientistas utilizaram seu detalhado conhecimento da estrutura do HIV para descobrir um local incomum de vulnerabilidade no vírus. Com isso eles puderam desenhar uma vacina nova e potencialmente poderosa. Esse elegante estudo tem potencial para ser um passo importante na busca por uma vacina segura e eficaz contra o HIV”, afirmou Fauci.

Os cientistas identificaram os lugares, ou epítopos do HIV, onde cada anticorpo amplamente neutralizante se liga. A vacina experimental descrita no relatório baseia-se em um destes epítopos chamado peptídeo de fusão do HIV, identificado por cientistas do Niaid em 2016.

Uma pequena sequência de aminoácidos faz parte do pico na superfície do HIV que o vírus usa para entrar nas células humanas. De acordo com os cientistas, este epítopo é particularmente promissor para uso como vacina porque sua estrutura é a mesma na maioria das variedades do HIV, e porque o sistema imunológico claramente o “vê” e produz uma forte resposta imunológica a ele.

Os pesquisadores testaram a vacina em camundongos para analisar a resposta do sistema imunológico deles. Posteriormente, usaram a mesma vacina em porquinhos-da-índia e macacos e tiveram sucesso na resposta imunológica. Um estudo em humanos está previsto para começar no segundo semestre de 2019.

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