Papa Francisco compara políticos homofóbicos a Hitler em conferência internacional
Papa Francisco compara políticos homofóbicos ao maior dos ditadores da história contemporânea, Adolf Hitler. A declaração foi feita na última sexta-feira e dizia que políticos que se enfurecem contra pessoas LGBT, ciganos e judeus o fazem lembrar de Hitler.
“Não é coincidência que, às vezes, haja um ressurgimento de símbolos típicos do nazismo”, disse Francisco em um discurso aos participantes de uma conferência internacional sobre direito penal.
“É preciso confessar a vocês que, quando ouço um discurso de alguém responsável pela ordem ou pelo governo, penso nos discursos de Hitler em 1934, 1936”, afirmou ele, saindo de seu discurso preparado.
“Com a perseguição de judeus, ciganos e pessoas com tendências homossexuais, hoje essas ações são típicas (e) representam ‘por excelência’ uma cultura de desperdício e ódio. Foi o que foi feito naqueles dias e hoje está acontecendo novamente.”
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Durante o regime nazista de 1933 a 1945 na Alemanha, 6 milhões de judeus foram mortos e homossexuais e ciganos estavam entre os enviados para campos de extermínio. O Papa Francisco não citou nenhum político ou país nominalmente como alvo de suas críticas.
Vale lembrar que o mesmo papa já disse em seus pronunciamentos e entrevistas que gays precisam de apoio psicológico e psiquiátrico insinuando que a homossexualidade poderia ser um transtorno reversível.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro fez declarações públicas homofóbicas e sexistas antes de assumir o cargo em 1º de janeiro. Ele disse em uma entrevista que preferia ter um filho morto do que um filho gay além de perseguir toda e qualquer comunicação de educação sexual que contenha conteúdo sobre pessoas LGBTI, retirando até comerciais de TV do ar e censurando livros educacionais das escolas.