Prefeito proíbe parada LGBTI em Caxias do Sul em apoio a Bolsonaro

Prefeito proíbe parada LGBTI em Caxias do Sul em apoio a Bolsonaro

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Prefeito proíbe parada LGBTI em praça pública, sendo esta a oitava edição da Parada Livre de Caxias do Sul, que ocorre (já tradicionalmente) na Praça Dante Alighieri, mas o prefeito conservador Daniel Guerra barrou a sua realização no local e também vetou que acontecesse na Praça das Feiras e na Rua Plácido de Castro. Um gesto escancarado de censura que expressa o reacionarismo do prefeito que declarou apoio ao lgbtfóbico Bolsonaro já no primeiro turno.

Segundo o Portal Esquerda Diário, Guerra não só deixou o caminho livre para que a Marcha para Jesus acontecesse, como também participou ativamente dela. Seu partido, PRB, é explicitamente ligado à Igreja Universal e não recua em mostrar que não existe imparcialidade no seu governo e que atua especificamente para a parcela conservadora da população caxiense.

Guerra governa de maneira a manter essa suposta “ordem social”, na defesa dos valores da família tradicional e do esforço do trabalho. É o mesmo prefeito que autorizou a Guarda Municipal a avançar agressivamente contra os imigrantes senegaleses e haitianos que trabalham como vendedores ambulantes; e que vetou a visitação da exposição do artista Rafael Dambrós na Câmara de Vereadores.

Praça Dante Alighieri onde a Parada deveria acontecer

A censura a Parada Livre é um ataque violento e direto à toda uma comunidade que, literalmente, luta diariamente pela sobrevivência em uma das regiões mais opressoras e conservadoras do país. É afrontosa e revoltante a participação de Guerra na Marcha para Jesus. E mais do que necessário, se expressa inevitável a auto-organização dos LGBTs para que tomem a luta nas próprias mãos e para que além de resistir, lutem contra a extrema direita que se legitima agora com a vitória do Bolsonaro.

Por via de uma arrecadação voluntária, a organização da Parada Livre alugou um estacionamento privado para a garantir a sua realização. O que é outro fator revoltante; a comunidade LGBT deve tomar os espaços públicos e impor por via da luta a sua presença onde desejar estar.

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