Prefeitura de São Paulo fecha Centro de acolhimento a LGBTs

Prefeitura de São Paulo fecha Centro de acolhimento a LGBTs

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Prefeitura de São Paulo fecha Centro de acolhimento a LGBTs, o prédio branco e rosa, localizado no centro de São Paulo. O centro deixou de atender a pessoas LGBTs há um mês e vai deixar de existir em novembro, de acordo com a prefeitura. Por cerca dois anos, lá funcionou uma das quatro unidades do Centro de Cidadania LGBTI da cidade. Com a decisão de fechá-lo, coletivos de LGBTs se dizem apreensivos com possíveis novos fechamentos da gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB).

Segundo matéria do Portal Universa, em junho, a prefeitura voltou atrás na decisão de fechar um outro serviço de atendimento a minorias em São Paulo. Como justificativa, a Prefeitura de São Paulo afirmou que havia duas centrais de atendimento a pessoas LGBTs na região central.

A unidade da Consolação, que foi fechada, era o chamado Centro de Cidadania LGBT, parte de um programa lançado em 2015 para auxílio a LGBTs vítimas de violência, apoio psicológico, jurídico, encaminhamento a vagas de emprego e aula sobre diversidade a servidores municipais. Também servia para acompanhamento de beneficiárias do programa Transcidadania, que oferece cursos e trabalho a transgêneros.

Segundo o coordenador de Políticas para LGBTI da prefeitura, Ricardo Luiz Dias, os serviços do Centro de Cidadania serão absorvidos pelo Centro de Diversidade. “A verba que era usada na unidade da Consolação será aplicada em um novo edital para a construção de um Centro de Cidadania LGBTI na zona oeste”, rebate.

Coletivos LGBTs se dizem apreensivos Para Helcio Beuclair, líder do coletivo LGBT Arouchianos, atuante na região central de São Paulo, os dois centros oferecem serviços distintos. “Os dois serviços deveriam ser mantidos, pois um complementa o outro”, diz. “Desde que assumiram, [o atual governador] João Doria e Bruno Covas fazem uma desconstrução das políticas LGBTs na cidade. Em vez de se aumentar o número de Centros de Cidadania em toda a capital, optou-se por fechar um.” Segundo ele, grupos LGBTs devem se articular para protestar contra a medida.

O prédio na Visconde de Ouro Preto existe há quase dois anos, após os serviços serem transferidos da região do Arouche, também no centro. Cerca de três meses após a inauguração, o imóvel foi invadido e roubado, em dezembro de 2017. À época, os coordenadores e a secretaria classificaram o episódio como LGBTfóbico.

Segundo Dias, os custos do Centro de Diversidade vão sair da secretaria de Assistência Social e passam a ser administrados pela secretaria de Direitos Humanos. “Com a fusão dos investimentos, estudamos a abertura da unidade na zona oeste”, diz. Em uma fase de transição, ele afirma que os serviços que eram oferecidos na Visconde estão sendo levados ao Centro de Diversidade, também no centro. A data para o lançamento do novo edital, para a abertura de nova unidade, não foi informada pela coordenação LGBTI.

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