Rio registra só no 1º trimestre de 2018 mais denúncias de agressões contra LGBTs do que em todo 2017

Rio registra só no 1º trimestre de 2018 mais denúncias de agressões contra LGBTs do que em todo 2017

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A situação está piorando para os LGBTs! Rio de Janeiro registrou mais casos de agressão física contra a comunidade LGBT nos três primeiros meses de 2018 do que em todo o ano passado. Os dados foram recentemente divulgados pela Coordenadoria Especial de Diversidade Social (Ceds) da Prefeitura do Rio.

Nos meses de janeiro, fevereiro e março o órgão recebeu 30 denúncias, sendo que o total registrado em todo 2017 foi de 27 casos na cidade. Na última terça-feira (15), a transexual Viviane Rodrigues Pereira, de 38 anos, procurou a Ceds Rio para denunciar agressões físicas que recebeu do ex-marido, José Borges da Costa que incluíam socos, chutes e pontapés e uma tentativa de estrangulamento com uma barra de ferro.

A vítima, que teve a clavícula quebrada, foi atendida no Hospital Municipal Lourenço Jorge, no último sábado (12). Viviane é moradora da comunidade do Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, e afirmou que teme ser assassinada pelo ex-marido: “No dia seguinte as agressões ele me ligou e disse que enquanto não me matasse, não me deixaria em paz”, disse.

O caso foi registrado na 32ª DP (Taquara) e, segundo a transexual, o ex-marido foi preso e solto no dia seguinte. O secretário municipal para a diversidade, Nélio Georgini, afirmou que o Ceds Rio irá acompanhar as investigações: “Vamos acompanhar o trabalho executado pela Polícia Civil e prestar todo apoio necessário a Viviane. Não podemos mais tolerar nenhum tipo de agressão contra mulheres transexuais. O jurídico da CEDS RIO vai orientá-la” afirmou Nélio Georgini.

Fechando o trimestre, uma travesti e uma mulher transgênero foram baleadas no último dia 1º de março em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. A travesti, identificada como Alessandra da Silva Alves, de 50 anos, não resistiu aos ferimentos e foi encontrada morta por policiais do 40º BPM e policiais civis.

Segundo testemunhas, as duas trabalhavam como garotas de programa na Rua Amaral Costa, em Campo Grande, quando um carro passou e uma pessoa de dentro do veículo atirou na direção da dupla. A Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (Ceds Rio) confirmou a profissão de ambas.

A mulher trans, identificada como Nayara Montenegro, foi atingida por disparos no abdômen e na coxa e, de acordo com testemunhas, foi socorrida para o Hospital Municipal Rocha Faria, no mesmo bairro. A Secretaria Municipal de Saúde informou que Nayara não corre risco de vida, passou por cirurgia e foi encaminhada para a sala pós-cirúrgica para acompanhamento.

Esperamos que esse número não aumente e que novos dados sejam positivos para as letras da comunidade que mais sofrem com a violência.

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