Super Drags pode ser cancelada por Netflix a pedido da Sociedade Brasileira de Pediatria
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou nota pedindo que a Netflix cancele a animação Super Drags que ainda não tem data de estreia e é voltada para o público adulto. Em sua justificativa, a SBP, sem citar o nome da série nem da plataforma de streaming, diz que é usada “linguagem infantil” na atração e apela à plataforma que cancele esse lançamento, como expressão de compromisso do desenvolvimento de futuras gerações.
“A SBP respeita a diversidade e defende a liberdade de expressão e artística no País, no entanto, alerta para os riscos de se utilizar uma linguagem iminentemente infantil para discutir tópicos próprios do mundo adulto, o que exige maior capacidade cognitiva e de elaboração por parte dos espectadores”, declarou o conselho de pediatras. A Netflix, por sua vez, se defendeu, reiterando que Super Drags é uma animação voltada para o público adulto e que a mesma não estará disponível em seus catálogos infantis – além disso, a plataforma ainda dispõe de controle parental que pode limitar o acesso de certos conteúdos quando ativado.
Como anunciado, Super Drags não é a primeira produção do tipo realizada pela Netflix, que já fez sucesso com a série BoJack Horseman, que também faz uso das técnicas de animação para narrar a sombria história do personagem-título.
A série, do Combo Estúdios, foi anunciada em maio e, por enquanto, teve apenas um teaser de 27 segundos divulgado. A trama trata de três jovens que trabalham em uma loja de departamentos e à noite se montam para “salvar o mundo da maldade e da caretice”.
Ao UOL, a Netflix reiterou que a atração não é para crianças e sequer estará em sua plataforma infantil [Netflix Kids]: “A seção dedicada às crianças combinada com o recurso de controlar o acesso aos nossos títulos faz com que pais confiem em nosso serviço como um espaço seguro e apropriado para os seus filhos. As crianças podem acessar apenas o nosso catálogo infantil e colocamos o controle nas mãos dos pais sobre quando e a que tipo de conteúdo seus filhos podem assistir”, afirma a empresa em nota.