Vídeo de Fellipe Bastos repercute na web e LGBTfobia deve ser combatida com ações no futebol

Vídeo de Fellipe Bastos repercute na web e LGBTfobia deve ser combatida com ações no futebol

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Vídeo de Fellipe Bastos, o volante do Vasco, entoando gritos de guerra homofóbicos contra o Fluminense após o título de seu time na final da Taça Guanabara, no último domingo, trouxe à tona a discussão sobre a homofobia no futebol. O portal de notícias esportivas Globo Esporte publicou o vídeo que viralizou na web e acabou obrigando o jogador a publicar um pedido de desculpas em sua conta do Instagram. Mas a revolta já estava instaurada e times fizeram manifestações contra a atitude do jogador.

Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar o julgamento dos processos sobre a possível criminalização da homofobia e da transfobia. Uma das preocupações de grupos religiosos contra a medida é a perda da liberdade de expressão, o mesmo argumento usado por torcedores, que temem ser punidos por conta dos cânticos homofóbicos – constantes em todas as torcidas do Brasil.

Durante anos, alguns clubes permaneceram em silêncio em datas como o Dia Internacional da Mulher ou o Dia de Combate à LGBTfobia por conta do medo da reação de seus próprios torcedores e dos rivais. Mas desta vez a resposta do Fluminense ao vídeo de Fellipe Bastos foi um importante passo no combate à discriminação no futebol brasileiro. Posicionar-se como um “time de todos”, como o clube escreveu no texto, é louvável e necessário. Esse tipo de pronunciamento pode ser considerado uma vitória em um meio tão preconceituoso.

No entanto, o combate à LGBTfobia deve ultrapassar o campo das palavras e chegar no das ações. Com exemplos fora do país, como as ações da Premier League e de seus clubes, vale destacar o pioneirismo do Bahia no Brasil.

O Tricolor baiano criou, em janeiro de 2018, o Núcleo de Ações Afirmativas, onde discute questões como LGBTfobia, racismo, intolerância religiosa e machismo. A iniciativa também promove ações não somente de conscientização, mas também de inclusão, como a adoção do nome social de transexuais em processos administrativos.

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