Vidros Arriados conta história de amor e desencontro entre dois homens
A peça Vidros Arriados de Antonio Ranieri fala da pluralidade do amor sem barreiras e rótulos. Na história de Luz e Mário, o primeiro carrega um anel de prata na mão direita e o segundo, uma aliança de ouro na mão esquerda. Dois homens que vivem em universos opostos, mas com destinos que se encontram.
Luiz e Mario trabalham na mesma empresa, cada qual no seu universo particular, vivem uma vida sem brilho e afeto. Num dia comum, se surpreendem um com o outro, assim surgem olhares curiosos e gentilezas, mudando abruptamente suas perspectivas e certezas sobre o amor.
Dois homens que se encontram e se desencontram, não só um com o outro, mas também consigo mesmos e com questões individuais até então adormecidas. Na mesma perspectiva do romance, a encenação é constituída pelas dinâmicas cênicas e pelas camadas dramatúrgicas da visualidade teatral, refletidos no figurino e cenário.
Em 2018, a minha Cia. de Teatro escolheu realizar um montagem a partir desse texto, pois deu vazão à necessidade de falar sobre o amor no universo LGBTQ+, de modo a contrapor a violência física e simbólica cada vez mais proeminente em âmbito nacional, fator que fere constantemente os direitos humanos, por infringir o direito à vida e à liberdade de viver os diversos modos de amar. Para tanto, celebrar o amor e a diversidade em uma sociedade intolerante é uma necessidade e um ato político.
Serviço
Direção: Marcio Marcena
Dias: quartas e quintas às 21h
Local: Espaço Parlapatões – Praça Franklin Roosevelt, 158 – Consolação, São Paulo
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