All Out ilumina Congresso Nacional com frase “somos LGBT+ e vamos resistir”
All Out ilumina Congresso Nacional em luta pela igualdade de direitos à população LGBT, projetando em prédios da Esplanada dos Ministérios na noite desta quarta-feira (2/1) mensagens de apoio à comunidade e pressão ao Governo Federal, dizendo “somos LGBT+ e vamos resistir”.
A projeção pode ser vista na via S1, parede ao lado da Catedral Metropolitana; no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos; e no Congresso Nacional, onde a frase estampou o maior prédio da Esplanada dos Ministérios por 10 minutos.
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Ana Andrade, gerente de campanhas da organização, diz que ação tinha outro objetivo além de mostrar ao governo que a comunidade LGBT está “acompanhando o governo”. “A gente queria passar uma mensagem de esperança para a comunidade, que estamos aqui para ajudar o movimento a conquistar direitos iguais e não retroceder, perder os direitos conquistados nos últimos anos”, disse.
A campanha foi encerrada após duas horas de projeção, quando, do estacionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o grupo realizava a ação no prédio do Congresso Nacional e foi abordada pela Polícia Legislativa. “Eles foram respeitosos, não houve confusão. Como era um protesto pacífico, achamos melhor sair de lá sem discutir com os policiais. O trabalho já havia sido feito”, relatou Ana.
Para realizar a campanha, a All Out fez um financiamento coletivo e conseguiram aproximadamente R$ 8 mil, mas, como a meta era de R$ 13 mil, a Ong teve de liberar dinheiro do caixa para realizar a ação. “Escolhemos o primeiro dia de trabalho do governo porque, por mais que a gente saiba que determinadas políticas públicas não estão de acordo com a classe que defendemos, entendemos que devemos fazer ações pacíficas. Isso não seria possível no dia da posse, que era um dia de festa aos eleitores dele (Jair Bolsonaro)”, destaca.
Nesta quinta-feira (3/1), o presidente Jair Bolsonaro disse, pelas redes sociais, que “não haverá abandono de auxílio a qualquer indivíduo nas diretrizes de Direitos Humanos”. A publicação vem depois do chefe do Executivo assinar a Medida Provisória de nº 870/19, que não menciona a população LGBT na lista de políticas e diretrizes destinadas à promoção dos direitos humanos.