Idade ainda importa? O que aprendi com um namorado com metade da minha idade
Sim, idade ainda importa. Mas pelos melhores motivos. Especialmente quando a gente desconstrói a ideia de sugar daddy e sugar baby e entra numa relação em que os dois estão juntos porque querem estar juntos sem interesses, pedidos ou compensações materiais. Após a separação, acreditei que namorar garotos muito jovens seria um problema: “eles vão embora logo, eles só querem sexo, eles não têm tanta cultura, eles não conseguem nem pagar a parte deles no restaurante…” ah, o preconceito e o julgamento… sempre nos impedindo de viver emoções.
Conheci um cara que 21 anos pelo Hornet. A princípio, eu disse “não curto mais novos”. Ele insistiu. Uns dias de conversa, decidi que o daria uma chance de sexo rápido e nada mais. Nos encontramos. O sexo foi rápido, mas o jantar depois do sexo, durou horas. Sim, transamos e saímos para comer depois. Após pouco mais de 1 mês nos vendo quase todos os dias, eis aqui o que aprendi com um garoto que tem metade da minha idade e o dobro da minha vivência.
Nossa história é curta, com data para acabar. Ele vai embora para outro país e eu vou ficar. Mas certamente foi o namoro (mais curto) e mais desconstruído para mim, que me entreguei aos danos do preconceito, do etarismo e do orgulho. Um respiro de juventude e alegria que recebi de presente de alguém a quem quase destratei, quase desprezei, quase deixei passar, mas que (por insistência dele), me mostrou que orgulho e preconceito diminuem os dias de vida. E sim, ainda ainda importa. Pelos melhores motivos.
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