No sexo, não desista antes de tentar (pelo menos três vezes)
Nos tempos atuais onde conservadorismo tem atacado com toda força, poucos de nós conseguem superar as limitações impostas pelo policiamento sexual que tenta coibir o bom e velho sexo. Em vez de incentivar uma jornada contínua de exploração sexual, tentam nos limitar nesse importante aspecto de nossas vidas.
O medo de ser chamado de viciado em sexo – um termo inventado para causar vergonha `a chamada hiper-sexualidade – pode dar uma brochada no nosso desejo.
Os rótulos de orientação sexual nos enquadram com intuito de nos impedirem de explorarmos um espectro mais amplo de experiências sexuais.
A comunidade gay por vezes não permite a erotização do corpo feminino e muitas vezes resvala na misoginia.
A Bifobia rejeita homens bissexuais quando diz que são homossexuais enrustidos.
Criticar a putaria alheia faz com que as pessoas que gostam de sexo se sintam mal por serem ‘vadias’ ou não serem ‘namoráveis’.
Isso significa que o que você entende como sua orientação sexual é provavelmente uma versão diluída e limitada da sua sexualidade autêntica.
Em uma cultura sexualmente saudável (e socialmente saudável), a sexualidade existiria de forma mais aberta e expansiva, com poucos (ou nenhum) rótulos sexuais e, em vez disso, valorizando experiências mais diversas. Rótulos servem apenas para criar expectativas e discriminação.
Sexo sadio e sem culpas permite uma multiplicidade de experiências sexuais, incluindo aquelas que podem levá-lo para além de seus limites. Alguns podem ficar confusos, outros podem estar despertando e alguns podem se explicitar sem rótulos.
Nossas vidas sexuais são muitas vezes determinadas pelo conforto e consistência, onde nos envolvemos apenas com o que nos é familiar. Mas os objetos de desejo são maleáveis e permitem uma ampliação constante, pois temos sempre novas experiências. (Lembre como os anúncios de roupas íntimas de antigamente eram excitantes, mas vendo agora aparecem bem caretas).
Então, para melhorar sua vida sexual, abra-se a novas experiências.
Se permanecermos abertos à novidade, nossa sexualidade pode se expandir e incorporar uma série de novos prazeres. É assim que o sexo pode ser mais divertido e, porque não romântico.
Novos parceiros – ou novas experiências com parceiros atuais – são oportunidades para expandir nossas sexualidades. Se você se sentir seguro e confiar no seu parceiro, experimente algo novo na cama (ou fora da cama) – e tente pelo menos algumas vezes.
O Dr. Chris Donaghue é conferencista, terapeuta e apresentador do podcast LoveLine, colunista no The Amber Rose Show, e um co-apresentador da série de TV The Doctors. Apresentou SexBox na WE TV e Bad Sex na Logo. Escreveu o livro Sex Outside the Lines: Sexualidade Autêntica em uma Cultura de Disfunção Sexual e teve textos publicados no The New York Times, Newsweek e National Geographic. Sigam ele no Twitter e Instagram.
Imagem por hannatverdokhlib via iStock