Ativistas formam bandeira do arco-íris na frente das autoridades russas durante a Copa

Ativistas formam bandeira do arco-íris na frente das autoridades russas durante a Copa

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Atualmente a Rússia é a sede da vigésima primeira edição da Copa Mundial de Futebol organizado pela FIFA (Federação Internacional da Associação de Futebol). É também um país que proíbe qualquer exibição pública de “propaganda gay” e que tem ignorado uma violenta caça anti-gay na Chechênia (região semiautônoma da Rússia) com mais de um ano de relatos contínuos de sequestro, tortura e assassinatos.

Enquanto a Rússia e a Chechênia negam a existência de uma caça anti-gay, a história de refugiados Chechenos vieram à luz mostrando a horrível realidade de nossos irmãos LGBTI na região.

Este ano a Federação Estatal de Lésbicas, gays, trans e bisexuais (associação espanhola), tomou medidas para chamar o protesto no país, com uma iniciativa conhecida como The Hidden Flag. Esta iniciativa levou 6 ativistas de 6 países diferentes a formar uma bandeira de arco-íris com as camisas de equipe de cada país.

Ativistas usaram camisetas da Espanha, Holanda, Brasil, México, Argentina e Colômbia, publicado em vários sites russos formando uma bandeira humana do arco-íris. Marta Márquez (Espanha), Eric Houter (Holanda), Eloi Pierozan Junior (Brasil), Guillermo León (México), Vanesa Paola Ferrario (Argentina) e Mateo Fernández Gómez (Colômbia) são os ativistas que participaram da iniciativa Hidden Flag.

“Tornar-se visível é sempre um risco, mas fazê-lo com milhares de fãs e fãs da Copa do Mundo e da imprensa observando é o que nos motivou a realizar o protesto originalmente”, disse Uge Sangil, presidente da FELGTB.

Um dos propósitos da campanha #HiddenFlag é dar visibilidade a todas as pessoas que vivem na Rússia e que enfrentam discriminação. É também uma mensagem de apoio sutil de ativistas em países onde os direitos LGBTI progrediram. É uma maneira de falar em código com nossos irmãos LGBTI russos e deixá-los saber que estamos com eles.

A ideia da FELGTB de levar o Pride e celebrá-lo nesta época da Copa do Mundo, exigiu coragem por parte dos participantes, porque a FARE (Rede Anti-Discriminação da FIFA) advertiu turistas LGBT que evitassem manifestações públicas de afeto ou fizesse propaganda gay. Esse aviso provocou várias comoções no mundo todo, mas também deixou satisfação e empatia em cada um dos ativistas.

Atualização: O ativista colombiano do The Hidden Flag, Mateo Fernández, foi preso pelas autoridades russas por 15 horas quando tentou voltar para casa. De acordo com o Gay Star News, Fernandez não foi informado por que ele estava sendo detido. Ele disse que acha que pode ser porque é colombiano ou porque a polícia russa soube do protesto da Bandeira Oculta. Ele foi libertado às 5 da manhã e na segunda-feira já estava em Amsterdã.

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Imagem por The Hidden Flag.

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